Santa Catarina tem serviços paralisados nesta sexta (11) com a adesão de trabalhadores ao movimento nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que limita os gastos públicos do governo federal em até 20 anos, conforme os sindicatos.

Servidores da prefeitura de Florianópolis, do transporte coletivo da capital e de Blumenau, no Vale do Itajaí, e de ao menos duas instituições de Joinville, no Norte do estado, paralisaram as atividades.

Ao menos 9 mil trabalhadores que atuam na prefeitura de Florianópolis aderiram à paralisação que ocorre no país. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), servidores que atuam em escolas, creches, centros de saúde e de assistência social, em obras, fundações e institutos estão paralisados nesta sexta.

Por volta das 15h, estudantes e servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) saíram do campus da Trindade em direção ao Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), na avenida Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis , em protesto.

A organização diz que mais de 500 pessoas participam do ato. Eles caminhavam sobre uma das faixas da avenida Beira-Mar Norte. A Polícia Militar afirma que são cerca de 50 pessoas, apenas na ciclovia.

Educação
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), dos 30 mil trabalhadores filiados à entidade, ao menos 40% aderiram ao movimento nacional. Além disso, atos em praças e ruas de cidades de várias regiões estão marcados para esta sexta.

“São Miguel do Oeste, Palmitos, Maravilha, Chapecó, Rio do Sul, Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, Criciúma e Florianópolis terão atos hoje. Aproveitaremos para realizar seminários sobre a proposta do governo que mexe nos direitos dos trabalhadores, com as reformas trabalhista e previdenciária”, explicou Luis Carlos Vieira, secretários de políticas educacionais do Sinte.

Saúde
Em Joinville, no Norte, os trabalhadores do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e da Maternidade Darcy Vargas iniciaram uma paralisação por volta das 7h, que pode durar até 24 horas. Eles vão ficar concentrados em frente à maternidade e na praça do hospital regional em protesto.

Na maternidade e no hospital regional, os serviços de urgência e emergência funcionam normalmente nesta sexta.

Comcap
O recolhimento de resíduos, feito pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) também não funciona neste dia. “Em princípio, devem trabalhar apenas os cargos comissionados, mas ainda assim é improvável, já que não terão como chegar ao trabalho, pois não há ônibus”, disse o presidente do Sintrasem, Alex Santos.

Conforme Santos, apenas serviços essenciais, como Unidades de Pronto Atendimento (Upas), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e vigilância em saúde devem funcionar normalmente nesta sexta.

Transporte
Cerca de 600 ônibus que fazem o transporte coletivo na Grande Florianópolis, ficaram nas garagens desde as 5h até as 9h desta sexta-feira (11). Os 3,5 mil trabalhadores das nove empresas do setor na região aderiram à paralisação. Conforme a prefeitura da capital, 280 mil utilizam transporte coletivo todos os dias. A circulação foi retomada às 9h.

“Estamos protestando contra a PEC 55, a reforma da previdência, do ensino médio, da CLT que retira nossos direitos”, explicou Deonísio Linder, diretor de comunicação do Sintraturb, sindicato que representa a categoria. A Prefeitura de Florianópolis informou ainda na quinta (10) que montou um sistema alternativo de vans, que deve funcionar até as 9h.

Segundo a RBS TV, usuários reclamavam da demora nas vans de transporte alternativo. Por volta das 8h20, a cuidadora de idosos Eunice Terezinha de Souza Rodrigues contou que aguardava 40 minutos por uma van em frente à rodoviária Rita Maria.

Muitas pessoas decidiram pegar táxis. A reportagem flagrou uma discussão entre taxistas – um deles reclamava de um carro que pegou passageiros fora do ponto. Outros usuários recorreram ao mototáxi. Também na região central eram vistos carros com vários ocupantes.

Por meio de sua assessoria, a prefeitura de Florianópolis, divulgou que não tem informações sobre possíveis falhas no transporte de vans.

Criciúma
Trabalhadores de diversos municípios da região Sul protestam desde o início da manhã na Praça Nereu Ramos, em Criciúma, em protesto contra as reformas do Governo Federal. Segundo a organização, cerca de mil pessoas participam do ato. A PM diz que 600 protestam.

Conforme o Sindisaúde, postos de saúde e escolas estão fechadas nesta sexta-feira na cidade.

Blumenau
Nos dois principais terminais de Blumenau, no Vale do Itajaí, ao menos 180 ônibus pararam de circular a partir das 8h30 desta sexta-feira (11) em adesão à mobilização nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que limita os gastos públicos em até 20 anos. Até 1,2 mil trabalhadores participam do movimento, conforme o sindicato da categoria.

“Até as 10h, os coletivos não vão partir dos terminais do aterro e da ponte, onde fica 75% da frota da cidade. Não temos informações sobre serviços alternativos de transporte, até porque a paralisação será por 1h30”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano (Sindetranscol) Osmi Schmitt.

Conforme o sindicato, o serviço de transporte público foi normalizado às 10h. Segundo a RBS TV, trabalhadores de 10 entidades, entre sindicatos e movimentos sociais, estavam concentrados em frente à prefeitura de Blumenau desde das 9h.

Em Blumenau, conforme a prefeitura, quatro escolas de ensino fundamental estão fechadas nesta sexta e outras sete param parcialmente as atividades. Além disso, o Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente (Cematepca) também está fechado. As demais escolas funcionam normalmente, conforme a administração municipal.

A prefeitura divulgou uma lista informando o funcionamento dos Centros de Educação de Blumenau.

Oeste
Conforme a RBS TV, em 11 cidades do Oeste de Santa Catarina, ocorrem mobilizações na manhã desta sexta. Em Chapecó, manifestantes de Quilombo, Águas de São Carlos e Arvoredo fazem protesto. Atos devem ocorrer também em São Miguel do Oeste, Dionísio Cerqueira, Pinhalzinho, Palmitos, Xanxerê, Xaxim, Seara, Concórdia, Abelardo Luz e Joaçaba.

De acordo com os sindicatos, participam da paralisação, integrantes da Via Campesina, entre eles agricultores, atingidos por barragens, Movimento Sem Terra (MST) e movimento das mulheres camponesas, trabalhadores do serviço público municipal, professores da rede municipal de ensino, instituições de ensino federais, sindicato dos comerciários, alimentação, saúde e agroindústria.

Conforme a RBS TV, em Chapecó, pela manhã, os manifestantes que se concentraram na Praça Getúlio Vargas darão um abraço simbólico ao INSS e à tarde deve ocorrer um abraço à Gerência Regional de Educação.

Segundo a organização do movimento, participaram nesta manhã do ato em Chapecó 5 mil pessoas. Para a Polícia Militar, foram 1,5 mil.

Em Joaçaba, a manifestação ocorreu das 11h às 14h na praça Adolfo Konder. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintespm), participaram cerca de 100 manifestantes. A PM não acompanhou a passeata e não repassou números, segundo a RBS TV. Eram servidores públicos, professores e estudantes com faixas e apitos

FONTE: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/11/sc-tem-paralisacao-de-servicos-em-dia-de-mobilizacao-nacional.html

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